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Panorâmica do Cais Tertuliano Fernandes com as embarcações da época |
O município foi criado pelo Decreto Estadual de 16 de fevereiro de 1892, numa Resolução da Junta Governativa, desmembrando de Mossoró, ocorrendo sua instalação em 31 de março do mesmo ano. Em 24 de Outubro de 1927, a sede municipal foi elevada da categoria de cidade, pela Lei 656. O decreto nº10, de 16 de fevereiro de 1892, da junta Governativa do Estado que fora aclamado pelo povo, Exército e Armada, eleva a povoação de Areia Branca ao predicamento de Vila, sede do novo Município. O decreto nº10, de 16 de fevereiro de 1892, da junta Governativa do Estado que fora aclamado pelo povo, Exército e Armada, eleva a povoação de Areia Branca ao predicamento de Vila, sede do novo Município. E a 31 de março deste mesmo ano, numa festiva solenidade, foi instalado o município de Areia Branca e tomaram posse os intendentes nomeados, perante o Presidente da Intendência de Mossoró, Manuel Cirilo dos Santos, vindo especialmente para presidir as solenidades de instalação do novo município. A Junta Governativa do Estado nomeou Intendentes Municipais os Sr. Augencio Virgílio de Miranda, João Vicente Filgueira, Manuel Lúcio de Góis, Alexandre Soares do Couto e André Filgueira Leão. Entre estes novos intendentes foi escolhido para presidente o cidadão Augencio Virgílio de Miranda. Foram empossados de conformidade com o Decreto nº13, de 4 de Agosto de 1892, assinado pelo Sr. Governador do Estado. Realizou-se no dia 11 de setembro, em Areia Branca, a eleição para Intendentes Municipais e Juiz Distrital, sendo eleitos Augêncio Virgílio de Miranda, Alexandre Soares do Couto, Manuel Liberalino de Oliveira, Sabestião Selíes de Mendonça, João Vicente Filgueira, Jesuíno Ferreira e Jeremias da Rocha Nogueira. Todos foram empossados nos seus cargos no dia 2 de outubro de 1892. Foi eleito e continuou no cargo de Presidente Intendência, Virgílio Augêncio de Miranda. A cidade de Areia Branca é uma ilha, cercada de salinas e gamboas, por todos os lados, situada à margem direita do rio Mossoró. Passando nas Pedrinhas e, ao largo da praia do Upanema, a estrada penetra na cidade pela antiga Ilha, onde se localizavam, outrora, pequenas granjas que recebiam o nome genérico de “cercados’”. Informam os historiadores que, por volta de 1860/1870, o território da futura cidade ainda era todo coberto por uma espessa mata de imburanas, quixabeiras, espinheiros e outras espécies vegetais. Com a seca de 1877, legiões de flagelados invadiram a ilha e devastaram toda a vegetação, a fim de construir casebres onde passaram a morar. Com a devastação da mata, o solo ficou exposto à erosão dos ventos que levantava nuvens de pó e as transformava depois em pequenas dunas de areia, que alcançavam às vezes até dois metros de altura. Fenômeno interessante, decorrente dessa ação eólica, ocorria com o morro do Pontal, localizado à entrada da barra do rio Mossoró. Periodicamente, o morro desaparecia da paisagem, para reaparecer anos depois, como num passe de mágica. Os mesmos ventos que levavam, traziam-no de volta. |