As regras para as próximas eleições devem entrar em votação no plenário da Câmara Federal em 13 dias. Para tratar dessa reforma, uma comissão foi criada e até lá, estará recebendo sugestões do parlamentares sobre o que poderia ou não mudar no processo. Dia 9, próxima terça-feira é a data limite para opinar a respeito do texto.
A proposta, de autoria do deputado Flávio Dino (PCdoB-MA), define as regras para a campanha, inclusive pela internet, e regulamenta as pré-campanhas eleitorais. “A reforma tem o espírito de regulamentar, para que não haja dúvida no processo eleitoral”, disse Flávio Dino.
A reforma política, por sua vez, ainda encontra resistências e falta de consenso entre os líderes. A proposta de voto em lista fechada de candidatos não será votada. “A lista está morta. Só poderá ser ressuscitada em 2011 porque é a proposta que mais divide”, explicou Dino.
A ideia, segundo ele, é votar as matérias que têm consenso. “Até por uma questão metodológica”, comentou.
A proposta do financiamento público de campanha, outro ponto da reforma política, voltará à discussão depois da votação da reforma eleitoral. “Queremos aumentar o peso do financiamento público e diminuir o financiamento privado. Mas o Democratas não quer discutir essa proposta”, acrescentou.
O líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), explicou que não faz sentido votar o financiamento público sem votar a lista fechada. “Ele é favorável à teoria da goiabada com queijo, de que um não funciona sem o outro”, comentou Dino.