segunda-feira, 27 de julho de 2009

Petistas anunciam em SP pré-candidatura de Dilma

Agora é pra valer: a ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff será apresentada pela primeira vez à militância petista como pré-candidata à sucessão presidencial de 2010. O esperado evento acontecerá no dia 8, em São Paulo, no encontro que fecha o ciclo da caravanas promovidas pela sigla no estado.

Mauá foi a penúltima cidade a receber a edição. A reunião, que ocorreu no sábado, contou com cerca de 850 pessoas. Embora Dilma não tenha ocupado cargo eletivo, os petistas do Grande ABC não pouparam elogios à escolhida de Lula. Uma de suas maiores defensoras foi a ex-ministra do Turismo Marta Suplicy, que ressaltou a ousadia do partido em lançar uma candidata mulher para presidência. “E a Dilma não é qualquer mulher — ela é muito especial. Ela tem um grande trabalho a apresentar.”

O deputado federal José Genoíno engrossou o coro e convocou a militância presente a apoiar o plano de política nacional da legenda. “O PT tem de construir palanque em todos os estados para ajudar a levantar a candidatura de Dilma.” O membro da executiva estadual e candidato derrotado à Prefeitura de Rio Grande da Serra, Carlos Augusto César, o Cafú, afirmou que Marta foi a responsável por disseminar a candidatura de Dilma em quase todas as Caravanas que percorreram São Paulo neste ano.

Presentes no evento, o senador Eduardo Suplicy, o deputado estadual e líder de governo na Assembleia Rui Falcão e o presidente do diretório estadual Edinho Silva também discursaram sobre a importância de unir a sigla em torno da candidatura da ministra. Além de discutirem a situação política do partido, as caravanas propostas pelo PT apontaram diretrizes para as eleições do próximo ano, debatendo, inclusive, o virtual candidato ao governo do estado.

Enquanto a escolha para sucessão de Lula já está certa, o impasse em relação ao melhor nome para o governo do estado continua. A meta, segundo o presidente estadual Edinho Silva, é definir o plano de governo, junto com os partidos aliados. “Só daí teremos como saber qual o candidato que mais se encaixa no perfil.”

Questionada se faria uma dobradinha feminina no próximo ano, Marta Suplicy preferiu deixar a escolha a cargo do presidente Lula. “A guerra tem general — e é ele que tem de assinalar qual é a estratégia. Eu sou apenas um soldado que obedece o general.”