sexta-feira, 28 de novembro de 2014

MPF denuncia diretor e auditor do Inmetro por corrupção passiva, ativa e enriquecimento ilícito

Procurador da República, Rodrigo Telles aponta as práticas de corrupção passiva, ativa e enriquecimento ilícito 
 Procurador da República, Rodrigo Telles aponta as práticas de corrupção passiva, ativa e enriquecimento ilícito

Mais de três anos após deflagrada, a Operação Pecado Capital tem novas implicações. O Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN) apresentou denúncia  que envolve  integrantes da cúpula do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia  (Inmetro). O diretor de Administração e Finanças, Antonio Carlos Godinho Fonseca, e auditor interno José Autran Teles Macieira teriam recebido propina de Rychardson de Macedo, ex-diretor do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem/RN). O prejuízo aos cofres públicos é superior a R$ 10 milhões.
A nova denúncia é baseada na delação premiada de Rychardson. O advogado esteve à frente do Ipem/RN entre os anos de 2007 e 2010 e teria montado um esquema de corrupção com a participação do deputado Gilson Moura e dos advogados Lauro Maia e Fernando Caldas Filho.
De acordo com a denúncia, as propinas foram pagas por Rychardson de Macedo (que também é réu) a Carlos Godinho e José Autran para que estes viabilizassem o recebimento de maior quantidade de recursos federais, por meio de convênio, e evitar consequências desfavoráveis decorrentes das auditorias. Segundo o MPF/RN, Autran está afastado do cargo preventivamente, por conta de procedimento disciplinar da Controladoria Geral da União (CGU).
Além da denúncia, o MPF apresentou uma ação de improbidade relativa às mesmas irregularidades. Ambas são assinadas pelo procurador da República Rodrigo Telles e apontam a prática de corrupção passiva, ativa e enriquecimento ilícito. 

Fonte: Tribuna do Norte