terça-feira, 5 de janeiro de 2010

ONG pressiona Congresso Nacional para votar projeto Ficha Limpa

As ONGs especializadas na fiscalização de políticos e administradores públicos se preparam para promover neste ano, marcado pela realização de eleições presidenciais, o que chamam de "acompanhamento crítico" do pleito e das atividades políticas em geral.
O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) espera que seja levado a plenário no Congresso Nacional, já no início do ano legislativo, em fevereiro, o projeto de iniciativa popular 518/09 - conhecido como Ficha Limpa - que proíbe a candi-datura de postulantes a cargos públicos com problemas na Justiça. O MCCE já entregou 1,5 milhão de assinaturas de eleitores de todo o Brasil, mais que o necessário para que o projeto siga adiante, mas a proposta não entrou na pauta do Congresso por falta de acordo entre os líderes.
O Movimento Nossa São Paulo, por sua vez, se prepara para entregar na véspera do aniversário de São Paulo, dia 25 de janeiro, um plano de metas que deverá ser seguido pelos administradores da cidade, com indicadores disponibilizados à população em geral, para acompanhamento do atendimento ou não das prioridades. A Associação Amigos de Ribeirão Bonito (AMARRIBO) e a Voto Consciente, especializadas em fiscalização de prefeitos e deputados estaduais, pretendem ampliar a sua rede para garantir o reforço no acompanhamento das contas públicas.
"Vamos fazer uma pressão mais descentralizada sobre os deputados para que o assunto entre na pauta logo no início do ano", afirmou o coordenador do MCCE, Chico Whitaker. Embora o presidente da Câmara, Mi-chel Temer (PMDB), tenha recebido os líderes do movimento em busca de um entendimento, os parlamentares não entraram em acordo para colocar o assunto em pauta até o encerramento do ano legislati-vo.
O principal objetivo da Amarribo neste ano, segundo o presidente da entidade, Jorge Donizeti Sanchéz, é iniciar a construção de uma rede de entidades locais pelo país para fiscalizar prefeitos e vereadores em cidades do interior. "Hoje temos 187 entidades e que-remos chegar a 300 em um prazo máximo de dois anos", diz.