quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Caciques que disputam o Senado desejam ficar livres e soltos

Com essa história de segundo voto para o Senado nas eleições deste ano, vai prevalecer um comportamento que denomino de Tribalista - eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo me quer bem.

Independentemente dos compromissos políticos para o governo, José Agripino, Wilma de Faria e Garibaldi Filho desejam ser votados por todos os segmentos, sejam de situação ou de oposição.

Se não for a opção para o primeiro voto, cada um deles tentará conquistar a simpatia para o seguno voto do eleitorado.

A estratégia é clara: nenhum partido lançará o segundo candidato ao Senado. O PSB só terá Wilma, o PMDB só lançará Garibaldi e o DEM só terá José Agripino.

Cada eleição tem suas peculiaridades. Vejamos o caso de José Agripino Maia, do DEM. Na eleição de 2002, no antigo PFL, ele precisou da presença de Augusto Carlos Viveiros na disputa para o Senado para enfrentar a chapa de Garibaldi e Geraldo Melo - PMDB e PSDB - naquela eleição.

Em 2010, essa estratégia não será adotada. O DEM repete a aliança com o PMDB de Garibaldi e, em tese, José Agripino é o companheiro do senador peemedebista na próxima votação.

Eu digo em tese porque os dois vão querer arrancar um naco das intenções de voto em Wilma. E a governadora tentará conquistar votos nos terreiros de Agripino e de Garibaldi.

A situação mais complicada é de Garibaldi. Ao definir-se formalmente por Rosalba, o senador do PMDB colou no Democratas e restringiu sua movimentação eleitoral em setores que poderiam votar nele como o PT de Fátima Bezerra e de Fernando MIneiro.

Mas todos não querem saber de dificuldades. Se não der o primeiro, vão disputar o segundo voto para o Senado.

Portanto, entre os caciques da política potiguar impera o movimento TRIBALISTA - eu sou de todo mundo e todo mundo me quer bem.

Pelo menos esse é desejo deles.