“O crime de corrupção é o que mais
machuca o brasileiro”. Lamentou Ricardo Saad, Diretor do Departamento de
Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), do
Ministério da Justiça, durante cerimônia simbólica de inauguração do
Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD) do
Ministério Público do Rio Grande do Norte, realizada na manhã de hoje
(25) no plenário da Procuradoria-Geral de Justiça, em Candelária.
O laboratório, que está sendo destinado
ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), é fruto
de acordo de cooperação técnica do MPRN com o Ministério da Justiça para
disponibilização de um conjunto de softwares e hardwares que vai
permitir o processamento de informação em massa, viabilizando a analise
mais rápida de dados e o cruzamento de informações nas investigações de
crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
A rede de laboratórios, composta por 43
unidades e coordenada pelo Ministério da Justiça por intermédio da DRCI,
foi criada em 2006 por iniciativa da Estratégia Nacional de Combate à
Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA). A tecnologia representa a
resposta encontrada por seus idealizadores aos questionamentos relativos
à utilidade de informações e dados de cunho financeiro, sem que eles
pudessem ser devidamente organizados e transformados em provas que
fossem efetivamente utilizadas no combate ao crime organizado.
Para o Procurador-Geral de Justiça,
Rinaldo Reis Lima, o laboratório será de grande valia e muito bem
utilizada no combate ao crime organizado. “O laboratório vai nos
fornecer mais instrumentos para que possamos combater os crimes de
corrupção e lavagem de dinheiro que ocorrem tanto no RN. Vai nos
capacitar melhor para o combate a esses crimes”, destacou.
O Procurador-Geral de Justiça relembrou
que a conquista foi fruto do esforço por parte do MP e parceiros,
trabalho esse reconhecido pelo Diretor do DRCI, Ricardo Saad. “Fiz
questão de comparecer à inauguração devido à persistência do Ministério
Público do Rio Grande do Norte em conseguir o laboratório, comprovando
sua necessidade e merecimento”, ressaltou.
De acordo com Saad dos últimos 15
laboratórios concedidos pelo Ministério da Justiça no último ano, apenas
um foi para um Ministério Público. O do RN. Isso porque a Central
Nacional de Segurança Pública, de onde vem os recursos para a instalação
dos laboratórios, havia dado prioridade de entrega dos laboratórios,
num primeiro momento, para as polícias civis.
Para a Coordenadora do GAECO, Promotora
de Justiça Patricia Antunes Martins, a implantação do laboratório coloca
o RN no cenário nacional de órgãos que possuem tecnologia para combater
a corrupção e sonegação fiscal. “É grandioso”, celebrou. A
representante ministerial agradeceu o apoio e parcerias da Receita
Federal e Secretaria Estadual de Tributação que também colaboraram no
sentido de viabilizar o laboratório.
O Procurador-Geral de Justiça, Rinaldo
Reis, ressaltou também a história do MPRN no combate à corrupção, um
motivo de orgulho para toda a Instituição. “Acreditamos que isso também
foi decisivo na conquista dessa nova ferramenta de combate”, concluiu.
Com informações do MPRN