Segundo levantamento do jornal El País, Os números de baixas por
casos de corrupção na atual Câmara mostram que a quantidade de cassações
ficou bem abaixo das renúncias. Na legislatura dos Governos Collor e
Itamar (1991-1994), o número de cassados (nove) superava o de
renunciantes (cinco). A quantidade se equilibrou no primeiro mandato de
Lula, com sete cassações e sete renúncias.
Neste primeiro Governo Dilma Rousseff (2011-2014), contudo, apenas um
deputado perdeu o mandato após processo de cassação, e só porque seus
colegas tiveram uma segunda chance de julgá-lo, após a aprovação do voto
aberto — condenados pelo mensalão no STF, Valdemar Costa Neto, João
Paulo Cunha e Pedro Henry renunciaram em meio a crise entre a Corte e a
Câmara sobre de quem seria a prerrogativa de cassar seus mandatos.
Depois de ser absolvido pelo plenário em votação fechada, contra
recomendação do Conselho de Ética, Natan Donadon, que foi condenado pelo
STF por desviar 8,4 milhões de reais da Assembleia de Rondônia, perdeu o
mandato quando os colegas tiveram de abrir o voto.