O engenheiro mecatrônico Pedro Ricardo Paulino, inventor da máquina que
produz água a partir da umidade do ar, ofereceu a criação ao governo
estadual como alternativa para combater a crise hídrica. Ele se reuniu
nesta segunda-feira (3) com o secretário de Recursos Hídricos para
apresentar a proposta de instalação do projeto em larga escala, o que
possibilitaria a criação de mini-usinas capazes de produzir 2 milhões de
litros de água por dia.
O equipamento inventado por Paulino produz o líquido a partir de um
processo de condensação de alta eficiência. Atualmente, existem vários
modelos, que podem “fabricar” até 5 mil litros de água por dia. O mais
barato custa R$ 8 mil. A reunião do engenheiro com o governo aconteceu
em São Paulo para que ele pudesse explicar como funcionaria a produção
de água em escala maior do que a das máquinas existentes.
De acordo com Paulino, as mini-usinas seriam instaladas às margens dos
rios Tietê e Pinheiros, por conta do alto índice de evaporação no local e
para transformar uma água com grande concentração de poluentes em ultra
pura.
“O processo se baseia em retirar o vapor da água que está evaporando do
rio, não tem nada a ver com aumento de vazão dos rios e sim capturar a
água evaporada. Neste caso, iremos colocar a água ultra-pura para
abastecer a população dentro do sistema já existente de distribuição da
Sabesp. Nós vamos transformar o vapor em água”, disse o engenheiro, que
produz as máquinas em uma fábrica de Valinhos(SP).
Único no mundo
Paulino afirmou que vai implantar projetos com escalas semelhantes ao proposto para São Paulo em Israel e nos Emirados Árabes. Segundo ele, ainda não é possível estipular o valor que a invenção vai custar para o governo porque não existe nada semelhante no mundo que possa ser usado como padrão de comparação.
Paulino afirmou que vai implantar projetos com escalas semelhantes ao proposto para São Paulo em Israel e nos Emirados Árabes. Segundo ele, ainda não é possível estipular o valor que a invenção vai custar para o governo porque não existe nada semelhante no mundo que possa ser usado como padrão de comparação.
“Eu já tenho uma ideia de quanto pode custar fora do país, mas no
Brasil a carga tributária é muito alta, então não dá para saber, mas
será pelo menos o dobro do valor”, afirmou.
Fonte: G1