A Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) elegerá nesta
quarta-feira (20) seu reitor para os próximos quatro anos. Três
candidatos concorrem à vaga: Ana Lúcia Dantas, diretora do Campus
Avançado de Natal, Gilton Sampaio de Souza, diretor do Campus Avançado
de Pau dos Ferros e Pedro Fernandes, pró-reitor de Pós-Graduação da
universidade. A decisão sobre quem comandará a instituição ficará a
cargo dos 12.938 professores, servidores e estudantes que vão às urnas.
Com seis campus e 12 Núcleos de Ensino espalhados pela capital e
interior, a UERN tem hoje 10.965 alunos de graduação e pós-graduação,
além de 990 técnicos administrativos e 993 professores, todos aptos a
votar, segundo a comissão que cuida do processo eleitoral. A votação
ocorrerá de 8h às 22h do dia 20 de março. De acordo com João Freire,
representante dos docentes na comissão eleitoral, o resultado deve ser
divulgado entre a noite e a madrugada do dia 21.
Candidatos de oposição Ana Lúcia Dantas e Gilton Sampaio defendem a
descentralização nas decisões da universidade e prometem mais autonomia
para os campus avançados. Candidato apoiado pelo atual reitor Milton
Marques, o pró-reitor de pós-graduação, Pedro Fernandes, também propõe
uma gestão mais participativa do Campus Central de Mossoró e os demais
campus e núcleos, com uma administração que trabalharia de forma
itinerante.
Ana Lúcia cita que hoje a UERN tem um perfil de formação de
professores consolidado, além de cursos de bons níveis em Ciências
Humanas e Saúde. “Temos hoje uma universidade com potencial humano
riquíssimo, mas toda pesquisa só é feita porque esses pesquisadores
captam recursos de fontes externas. O orçamento é minguado e o governo
sempre reduz. Além disso não executamos nem 60% do que é aprovado”,
afirma.
Para o candidato Pedro Fernandes , também é importante lembrar
melhorias estruturais. No âmbito educacional, bolsas para pesquisa em
extensão em parceria com agências de fomento, bibliotecas adequadas para
as necessidades dos alunos e intercâmbio com instituições que trabalhem
com bases de pesquisa similares às da UERN. ”O apoio ao estudante virá
infraestrutura e urbanização da universidade. Para o estudante passar o
dia tem de ter local adequado para ficar, com alimentação e locais de
repouso”, afirma Pedro Fernandes.
Defensor de maior autonomia aos campus e núcleos, Gilton Sampaio
propõe que cada centro de ensino possa pensar em políticas próprias para
profissionais e professores. De acordo com o diretor do campus de Pau
dos Ferros, essa autonomia virá acompanhada de um projeto macro de
estruturação que envolve desde a criação de restaurantes e residências
universitárias até a implantação de sistemas de transporte coletivo com
ônibus circular, similar ao da Universidade Federal do RN (UFRN), em
todas as unidades.