A sucessão municipal de Natal não está menos confusa do que a de Mossoró, apesar de nossa capital ter um povo menos dependente do poder e de mitos de pé-de-barro.
Carlos Eduardo Alves (PDT) é favoritíssimo.
A ex-governadora Wilma de Faria (PSB) vai se arriscar a perder a eleição municipal ou mesmo ganhando, passar a colecionar outro nome da lista de inimigos políticos? Carlos Eduardo Alves, cito.
Se ela indicar um vice para Carlos Eduardo Alves, consolidará uma vitória acachapante contra qualquer adversário – e principalmente o grupo da governadora Rosalba Ciarlini (DEM).
A governadora não tem candidato próprio e sua maior torcida, hoje, quase sem praticamente influir em nada na sucessão, é por um racha entre Carlos Eduardo Alves e Wilma. É a única esperança de ter algum ganho no pleito.
José Agripino, do DEM; o PMDB de Henrique Alves e Garibaldi Filho; o PT de Fernando Mineiro; o PSD do vice-governador dissidente Robinson Faria e outros nomes e legendas têm papel secundário no teatro de guerra. Mesmo patamar do deputado federal e pré-candidato a prefeito Rogério Marinho (PSDB).
A sucessão natalense está nas mãos de dois aliados: Carlos Eduardo Alves e Wilma de Faria. Unidos, destroçam. Separados, dão margem à infiltração de contendores e desafetos comuns.
E quanto à prefeita Micarla de Sousa (PV).
Essa tem que cuidar de sua saída, para não ser ainda mais humilhante do que sua estada no poder até o momento.