Virginia Johnson e William Masters convenceram 694 voluntários a
participar de um estudo em troca de um pagamento simbólico. A pesquisa
consistia em transar e se masturbar dentro de um laboratório enquanto
esses voluntários eram monitorados com eletrodos para medir batimentos
cardíacos e a atividade cerebral. Também foram instaladas mini-câmeras
dentro de falos de plástico introduzidos na vagina. Uma pesquisa um
tanto diferente, não? E foi o primeiro estudo científico clínico sobre
sexo.
Em 1966, os primeiros resultados da pesquisa saíram (em sigilo) no livro A Resposta Sexual Humana,
voltado a médicos e residentes. Isso contribuiu para a quebra de várias
crenças, entre elas a teoria freudiana sobre a “inveja do pênis” e os
dois tipos de clímax feminino. Johnson e Masters mostraram que os
orgasmos clitoriano e vaginal não são separados. Eles também provaram
que o tamanho do pênis não interfere no prazer, já que a vagina se molda
aos diferentes tipos. Claro que a pesquisa foi criticada naquela época,
mas o livro se tornou um best-seller (bem diferente dos best-sellers
sobre sexo que vemos por aí ultimamente).