Uma pintura de 12 mil anos encontrada na caverna de Combarelles, na
França, mostra um casal fazendo sexo. Só que dá pra notar que o homem da
pintura está com o pênis coberto. Uma primeira ideia do que hoje é a
camisinha? Pode ser. Também existem registros do Egito Antigo que
descrevem homens de classes altas usando na glande um acessório feito de
intestino animal. Outros relatos são de faraós com o membro coberto de
papiro lubrificado com óleos, e chineses com papel de seda untado. Tudo
muito distante do que conhecemos hoje.
A camisinha mesmo começou a ser criada no século 16 pelo anatomista
italiano Gabriele Fallopio. Na verdade, ele deu o pontapé inicial. Nos
séculos 17 e 18, os preservativos de intestino animal ficaram populares e
começaram a ser usados pela nobreza e pelos mais ricos para evitar
filhos bastardos. Aí o engenheiro americano Charles Goodyear entrou na
jogada no século 19 e desenvolveu a vulcanização, um processo que torna a
borracha extremamente maleável e resistente. Mas foi o químico Julius
Fromm quem ampliou o uso do material. Em 1912, ele misturou a borracha
com gasolina e benzeno e conseguiu um material líquido. Em seguida,
Fromm mergulhou um molde nessa sopa e obteve uma camisinha mais fina e
sem costura. E pode acreditar, é algo bem próximo do que temos hoje. A
produção em massa começou em 1916, há quase 100 anos.
Uma imagem do que seria a camisinha (com um manual) em 1813