Em reunião com aliados nesta terça-feira (26), a presidente Dilma Rousseff disse que vai realizar no final de janeiro a anunciada reforma ministerial de seu governo. Dilma disse, segundo relatos de senadores do PR e PTB, que pretende anunciar a reforma no dia 30 de janeiro para ter tempo de planejar as mudanças no primeiro escalão do governo nos primeiros dias de 2014.
Segundo senadores das duas siglas, a presidente não vai fazer uma reforma fatiada. Seu objetivo é anunciar, de uma só vez, todas as mudanças de seus principais auxiliares.
Os congressistas almoçaram com Dilma no Palácio da Alvorada, nesta terça-feira, e pediram que Dilma não deixe a troca no ministério para março, às vésperas do prazo fixado pela Justiça Eleitoral para que candidatos deixem os cargos que ocupam no governo.
Dilma fará mudanças na equipe daqui a dois meses para substituir os ministros que vão disputar a eleição em 2014, casos de Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Alexandre Padilha (Saúde) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
A bancada do PTB aproveitou o encontro para pedir que a pasta fique com o comando do Ministério da Integração Nacional. Os senadores Gim Argello (PTB-DF) e Fernando Collor de Mello (PTB-AL) pediram explicitamente que, na reforma, o partido seja contemplado com a pasta.
Dilma disse, segundo os senadores, que considera "justo" o pleito da sigla. Mas lembrou que PMDB, PP e PSD também pediram o comando da Integração Nacional --por isso vai precisar de tempo para redividir os cargos do primeiro escalão.
O PR, que já tem o comando do Ministério dos Transportes, deixou claro que espera continuar com o controle da pasta.