sábado, 15 de janeiro de 2011

A Polícia Federal e o cheque do Deputado João Maia

Deu no Fator RRH


Continuo achando estranha essa história do cheque, no valor de R$ 700 mil, do deputado federal João Maia, apreendido em posse do seu sobrinho, Gledson Maia, durante a Operação Ápia, pela Polícia Federal.



Todos se lembram que,  há pouco mais de dois meses, a PF fez uma investigação, um flagrante, prendeu um servidor público e um empresário no estacionamento de uma churrascaria de Natal.

É a questão do DNIT, dos desvios de recursos das obras da BR-101.

Esse cheque, que João Maia afirmou que era pra comprar uma granja, ficou nas mãos da PF, foi preenchido pela polícia como se fosse pra ela e a própria instituição tentou sacar o valor na boca do caixa.

Pelo menos é essa a história que circula. 

Confesso que não sei se é um procedimento legal, onde a PF queria chegar sacando 700 mil que não eram pra ela, de que forma iria justificar a entrada do dinheiro na sua conta. 

Se não ia entrar na conta, por que foi tentar sacar?

Se ia entrar na conta da PF, não precisaria de uma decisão judicial? Se havia a prova material de um suposto crime de corrupção, transformar o cheque em bufunfa viva não iria ampliar as dúvidas?

Enfim, falta a PF explicar (se é que a PF explica alguma coisa) o que pretendia fazer com a grana e em que se baseou para tentar sacar o dinheiro da conta do deputado.

Pra investigação prosseguir melhor, mais transparente e a sociedade manter a confiança na postura republicana da Polícia Federal.