BRASÍLIA - Pressionada pela oposição ao governador do Distrito Federal,
José Roberto Arruda, atualmente sem partido, a Câmara Legislativa do DF
retoma suas atividades na próxima segunda-feira, 11. Os 24 deputados
distritais iniciam o ano com a incumbência de julgar pedidos de
impeachment contra Arruda, que é acusado de comandar um suposto e
complexo esquema de corrupção.
O PT, principal partido de oposição a Arruda, programa uma série de
manifestações para a próxima semana. A ideia é impedir que a maioria
dos deputados distritais arquive as denúncias contra o governador.
Arruda conta com o apoio de 19 dos 24 deputados. Pelo menos 12 dos
parlamentares são citados na ação sobre o suposto esquema de corrupção
no DF.
"Estamos convencidos de que apenas com
mobilização popular e pressão será possível levar esse caso adiante. A
preocupação é que o assunto, de alguma forma, caia no esquecimento",
disse à Agência Brasil o presidente regional do PT, Chico Vigilante.
"Afinal de contas, muitos dos que vão decidir lá na Câmara Legislativa
estão citados no processo."
Arruda e seu vice, Paulo
Octávio (DEM), assessores do governo do Distrito Federal, deputados
distritais e empresários estão no centro das denúncias investigadas
pela Polícia Federal que apontam a existência de um suposto esquema de
corrupção com superfaturamento de contratos, irregularidades em
licitações e pagamento de propinas.
Segundo as
apurações da Polícia Federal, cerca de R$ 600 mil foram arrecadados de
empresas privadas que mantêm contratos com o governo do Distrito
Federal.