quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

“Vantagens por parte de Wilma e Lauro foi toda intermediada por Delevam”, diz o MP.

Lauro
Ministério Público do Rio Grande do Norte ofereceu nova denúncia como desdobramento da operação Sinal Fechado. Desta feita, a acusação atinge o engenheiro civilDelevam Gutemberg Queiroz, ex-secretário adjunto de Infraestrutura, ex-diretor do DER e ex-diretor da Companhia de Águas e Esgotos (CAERN) durante a gestão Wilma de Faria (PSB), de 2003 a 2010. A ação foi distribuída à 3ª Vara Criminal da Zona Sul de Natal.
Segundo o Ministério Público, Delevam negociou o recebimento de propina para si e para a então governadora Wilma de Faria e seu filho, Lauro Maia, já réus no processo que investiga as condutas criminosas relacionadas à operação Sinal Fechado. Segundo a nova denúncia apresentada, a cada contrato registrado,Wilma recebia R$ 15,00 (quinze reais), enquanto Delevam e Lauro Maia dividiam o montante de R$ 3,00 (três reais), sendo que o valor integral da corrupção era pago normalmente a Delevam, para posterior repasse aos demais acusados.
Delevam foi fundamental para a consecução do esquema em benefício de Wilma e Lauro e dele próprio e também, depois, para o governador Iberê Ferreira de Souza que sucedeu Wilma de Faria no governo. Wilma e Lauro já foram denunciados no que atine à celebração do convênio entre o DETRAN/RN e o Instituto de Registradores de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas do Rio Grande do Norte (IRTDPJ/RN).
Segundo o MP, Wilma, à época governadora e valendo-se de tal posição, autorizou a celebração do convênio entre o IRTDPJ/RN e o DETRAN/RN, em troca de valores indevidos pagos por George Olimpio. De acordo com o MP, Lauro Maia, para defender os interesses da organização criminosa perante a administração pública estadual, cuja gestora máxima era a sua própria mãe, patrocinou os interesses da organização. “A percepção de vantagens por parte de Wilma e Lauro foi toda intermediada por Delevam”, diz o MP.
Fonte: Jornal de Hoje