sábado, 28 de janeiro de 2012

Conheça a melhor opção para financiar um imóvel

Entidade de defesa do consumidor compara as condições gerais do mercado para apontar a melhor opção de acordo com o perfil do cliente
Quem planeja realizar o sonho da casa própria deve estar preparado para as condições que são geralmente impostas pelo mercado de financiamento de imóveis. A melhor forma de comparar as diferentes propostas oferecidas pelos bancos é através do CET (Custo Efetivo Total) – taxa que resume quanto lhe custará o crédito que está sendo fornecido.
Para o trabalhador com renda familiar de R$ 4 mil, que optou pela compra de um imóvel de R$ 100 mil, com financiamento de 80% desse valor pelo prazo de 20 anos, a melhor escolha é a modalidade “Carta de Crédito FGTS”, da Caixa Econômica Federal. Neste cenário, o CET seria 9,68% – o mais barato da categoria, de acordo com pesquisa da ProTeste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) que comparou as condições dos principais bancos de varejo do país. Para definir a melhor opção do mercado, a instituição definiu três cenários, atendendo a diferentes tipos de perfis. Na tabela ao lado, acompanhe as melhores opções.
Para financiar é preciso ter mais de 18 anos. O prazo máximo para quitar a dívida pode ser restringido pela idade. Ao término do financiamento, o contratante não pode ter mais do que 75 anos. O comprometimento máximo com a prestação mensal deve ser de até 30% do valor da renda, pois é o máximo que as instituições permitem.
Bancos financiam até 100% do valor do bem
O trabalhador pode financiar até 100% do valor do imóvel, mas esta possibilidade foi encontrada apenas no programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida”, da Caixa Econômica Federal. De acordo com a pesquisa, a maioria dos bancos financia até 80% do valor do imóvel, mas o Barinsul concede até 90%. O consumidor pode encontrar opções com parcelas fixas, que não sofrem reajustes, nos seguintes bancos: Real, Santander, Nossa Caixa, Banco do Brasil e Bradesco.
A dica é optar pelas taxas variáveis, usando o sistema SAC, pois a parcela é decrescente e, no final do financiamento, o valor total pago atualizado é menor do que no sistema de parcelas fixas. Existem três alternativas para a compra do imóvel: 1) SFH – usa recursos da poupança e do FGTS. Os bancos são obrigados a ofertar se limitando a regras já estipuladas, como juros máximos de 12% ao ano + TR; 2) CH (Carteira Hipotecária) – para imóveis acima de R$ 500 mil e 3) Consórcio – onde se paga cotas mensais, com contemplação por sorteio ou lance.
Além da prestação, há outras despesas iniciais
No início do financiamento, o consumidor terá despesas relativas à análise jurídica e avaliação do imóvel. “A primeira checa documentos e certidões do imóvel e do vendedor. Ela detecta a existência de débitos fiscais que possam comprometer a propriedade do imóvel”, afirma a associação, em comunicado. A avaliação do imóvel verifica a localização em área urbana, as condições de saneamento e habitabilidade, a existência de vícios de construção aparentes e o valor de mercado.
“No total, você pode gastar de R$ 750 a R$ 950. A maioria financia esse custo, mas pague à vista para não ter juros”, orientam os especialistas. Ainda há a tarifa mensal, que está limitada a R$ 25 mensais (no âmbito do SFH), que só não é cobrada por HSBC, Banco do Brasil e Nossa Caixa.
Antes de contratar, saiba que terá uma dívida de longuíssimo prazo e que a sua renda líquida será bem menor em função das altas parcelas que terá que pagar. Na prática, tudo vai exigir muita disciplina.