O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio Grande do Norte (OAB-RN), Joanilson de Paula Rêgo, pré-candidato ao Senado pelo Partido Social Democrático Cristão (PSDC), criticou a “hereditariedade” da política potiguar e disse que uma pessoa pode ser “vocacionada”, mas não “perpetuada” no poder.
“Temos aqui ‘Felipes’ que não são filhos da rainha Elizabeth, mas por herança, por hereditariedade, se perpetuam na política. Na vida privada, tudo bem, mas na vida pública, herança, nepotismo...”, comentou, em entrevista ao Jornal 96 (96 FM)desta quinta-feira (18).
Joanilson fez referência indireta ao senador José Agripino Maia (DEM) para atacar as oligarquias políticas que se alternam há décadas no poder no RN. “Temos pessoas que entraram [na política] por nomeação indireta, depois ocuparam outros cargos por voto vinculado e continuam pendurados nas tetas do poder. Isso é o que se chama de carreirista, gente que faz qualquer coisa para se reeleger”.
No final da década de 1970, Agripino foi nomeado prefeito de Natal pelo primo e então governador do RN Lavoisier Maia. Em 1982, Agripino tornou-se governador, beneficiado pelo voto vinculado, apelidado de “voto camarão”, uma criação da ditadura militar que obrigava o povo a votar em candidatos de um mesmo partido. Agripino terminou favorecido pela estrutura montada pelo PDS, derrotou Aluízio Alves e assumiu o governo em março de 1983.
As farpas de Joanilson, porém, não se destinaram apenas a Agripino. Mesmo sem citar nome, o advogado cutucou o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB), que está em seu décimo mandato na Câmara. “Temos deputados de dez mandatos. Estamos vendo sete pessoas de uma mesma família disputando um cargo. Isso é democracia?”, indagou.
Joanilson afirmou que vai ser candidato a senador para “atender o desejo da parcela da população que quer mudança”. “O que caracteriza a democracia é a alternância do poder. (...) Compreendi que minha presença era necessária [nesta eleição]”, observou.
O presidente estadual do PSDC disse que sua candidatura vai ser a do segundo voto, uma vez que, neste ano, estarão em jogo duas vagas para o Senado. “As revoluções são traumáticas, mudar de uma vez só... A mudança tem que ser um voto na mudança e outro na tradição”.
Fonte: Nominuto
“Temos aqui ‘Felipes’ que não são filhos da rainha Elizabeth, mas por herança, por hereditariedade, se perpetuam na política. Na vida privada, tudo bem, mas na vida pública, herança, nepotismo...”, comentou, em entrevista ao Jornal 96 (96 FM)desta quinta-feira (18).
Joanilson fez referência indireta ao senador José Agripino Maia (DEM) para atacar as oligarquias políticas que se alternam há décadas no poder no RN. “Temos pessoas que entraram [na política] por nomeação indireta, depois ocuparam outros cargos por voto vinculado e continuam pendurados nas tetas do poder. Isso é o que se chama de carreirista, gente que faz qualquer coisa para se reeleger”.
No final da década de 1970, Agripino foi nomeado prefeito de Natal pelo primo e então governador do RN Lavoisier Maia. Em 1982, Agripino tornou-se governador, beneficiado pelo voto vinculado, apelidado de “voto camarão”, uma criação da ditadura militar que obrigava o povo a votar em candidatos de um mesmo partido. Agripino terminou favorecido pela estrutura montada pelo PDS, derrotou Aluízio Alves e assumiu o governo em março de 1983.
As farpas de Joanilson, porém, não se destinaram apenas a Agripino. Mesmo sem citar nome, o advogado cutucou o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB), que está em seu décimo mandato na Câmara. “Temos deputados de dez mandatos. Estamos vendo sete pessoas de uma mesma família disputando um cargo. Isso é democracia?”, indagou.
Joanilson afirmou que vai ser candidato a senador para “atender o desejo da parcela da população que quer mudança”. “O que caracteriza a democracia é a alternância do poder. (...) Compreendi que minha presença era necessária [nesta eleição]”, observou.
O presidente estadual do PSDC disse que sua candidatura vai ser a do segundo voto, uma vez que, neste ano, estarão em jogo duas vagas para o Senado. “As revoluções são traumáticas, mudar de uma vez só... A mudança tem que ser um voto na mudança e outro na tradição”.
Fonte: Nominuto