De acordo com a ação do MPF/RN, o deputado estadual foi o
responsável pela indicação de Rychardson de Macedo Bernardo para a
direção do Ipem/RN. Ele era um dos principais favorecidos pela estrutura
de desvio de recursos públicos implantada na entidade estadual. Os
cargos de chefia do instituto eram ocupados por pessoas a ele ligadas,
como Rychardson de Macedo Bernardo (diretor), Aécio Aluízio Fernandes de
Faria (coordenador financeiro de fato), Daniel Vale Bezerra
(coordenador jurídico), Adriano Flávio Cardoso Nogueira (coordenador
administrativo), os quais figuram como doadores de campanha nas eleições
de 2006, 2008 e 2010.
A celebração do acordo de colaboração
premiada revela ainda que, pouco depois da deflagração da Operação
Pecado Capital, os funcionários fantasmas foram intimados a prestar
depoimento ao Ministério Público Estadual. Em razão disso, foram
pressionados por Gilson Moura a mentir em seus depoimentos, sustentando
versões não correspondentes à realidade. Essas pressões, consideradas
por eles como verdadeiras “ameaças”, ocorreram por meio de advogados que
se deslocaram até Currais Novos e instruíram os depoentes, a mando do
parlamentar.
Fonte: Blog do Marcos Dantas