Depois de reunir-se com os líderes da chamada Unidade Potiguar, a governadora Wilma de Faria cumpriu agenda em Mossoró. Um jornalista da cidade perguntou pra ela se acreditava em candidatura alternativa ao governo.
Apesar de a reunião com Henrique, Robinson e João Maia ter transcorrido na paz de nosso senhor Jesus Cristo, Wilma inticou, feito menina briguenta:
- É preciso ter coragem para lançar candidatura alternativa. Eu tive em 2002. Eu deixei a prefeitura de Natal para disputar o governo. Precisa ter coragem para fazer isso.
Pura provocação!
Mas a governadora fez um questionamento que procede. Quem dos atuais aliados terá a força de lançar uma candidatura majoritária sem o abrigo de alguns dos poderes de Estado?
Wilma de Faria fez isso em 2002. Quando a família dizia para ela ficar onde estava, quando assessores graduados - com medo de perder a boquinha - diziam para ela permanecer na administração da capital, Wilma de Faria deixou a Prefeitura de Natal para disputar o Governo do Estado enfrentando de um lado o candidato do governo, Fernando Freire, e do outro o de oposição, o empresário Fernando Bezerra.
Naquela ocasião, Wilma foi a terceira via, foi a candidatura alternativa, e se deu bem.
Wilma provoca, provoca, provoca, mas o que ela quer é segurar todo mundo na base dela. Hoje, em Brasília, no apartamento do Fábio Farias, a governadora e os líderes da UP terão o primeiro encontro com o vice-governador Iberê Ferreira de Souza, excluído do bloco e principal alvo das ações de Henrique, Robinson e de João Maia.
Espera-se um encontro tenso. No mínimo, cheio de falsidades. Todos estão querendo comer o fígado do outro. Afinal, são muitos os interesses em jogo. Cada um quer levar vantagem.
Pelo menos numa coisa, os líderes da Unidade Potiguar não têm o que reclamar: a governadora está ouvindo-os e dando a entender que não vai empurrar "Iberê" de goela abaixo.
O rega-bofe na casa de Fábio Faria vai ser animado. A turma do "Pânico na TV" vai aparecer?