A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, 02, a 15ª
fase da Operação Lava Jato. O ex-diretor de Internacional da Petrobras
Jorge Zelada foi preso no Rio. Batizada da Operação Conexão Mônaco, a
ação cumpre três mandados de busca e apreensão no Rio e um em Niterói.
Zelada foi o único a ter prisão preventiva decretada pela Justiça
Federal. Segundo a PF, o foco dessa nova etapa são “crimes de corrupção,
fraudes em licitações desvios de verbas públicas, evasão de divisas e
lavagem de dinheiro”. Zelada foi sucessor do ex-diretor Nestor Cerveró –
preso desde 14 de janeiro – na diretoria da área Internacional que era
cota do PMDB no esquema de loteamento político na estatal. Ele será
levado para Curitiba, sede das investigações da Lava Jato, ainda hoje.
Mônaco
O nome da operação decorre da descoberta de 11,6 milhões de euros mantidos por Zelada em conta secreta no Principado de Mônaco. Em março, a força-tarefa da Lava Jato havia apontado o ex-diretor como um dos próximos alvos das investigações, no núcleo de agentes públicos da estatal sob suspeita de corrupção. Na ocasião, Zelada teve sua fortuna bloqueada em duas contas que controlava no banco Julius Baer, no Principado de Mônaco, segundo a Procuradoria. O Ministério Público Federal descobriu que Zelada era controlador da conta em nome da offshore Rockfield Internacional S.A.
O nome da operação decorre da descoberta de 11,6 milhões de euros mantidos por Zelada em conta secreta no Principado de Mônaco. Em março, a força-tarefa da Lava Jato havia apontado o ex-diretor como um dos próximos alvos das investigações, no núcleo de agentes públicos da estatal sob suspeita de corrupção. Na ocasião, Zelada teve sua fortuna bloqueada em duas contas que controlava no banco Julius Baer, no Principado de Mônaco, segundo a Procuradoria. O Ministério Público Federal descobriu que Zelada era controlador da conta em nome da offshore Rockfield Internacional S.A.
Na conta da Rockfield Internacional a força tarefa da Lava Jato
conseguiu há um mês bloquear a maior parte da fortuna não declarada de
Zelada: 11 milhões de euros. Em outra conta aberta no mesmo banco – esta
em seu nome – havia mais 32 mil euros.
“Se nós tivéssemos o crime de enriquecimento ilícito, nós estaríamos
oferecendo acusação criminal contra Zelada. Porque não o temos, devemos
prosseguir nas investigações até alcançarmos provas consistentes para
que, aí sim, possamos formular acusações criminais”, afirmou o
procurador Deltan Dallagnol, em março, quando foi denunciado Renato
Duque, ex-diretor de Serviços.
A ordem de bloqueio da fortuna de Zelada em Mônaco foi a mesma que
congelou os 20 milhões de euros que o ex-diretor de Serviços da
Petrobras Renato Duque tentou ocultar, transferindo os valores da Suíça
para o Principado, no fim de 2014.
Por conta das movimentações financeiras não declaradas em Mônaco
Duque foi preso no dia 16 de março pela segunda vez, pela Operação ‘Que
País é Esse?’ – frase dita por ele ao se indignar com a primeira prisão
de que foi alvo, em 14 de novembro. Duque permanece detido em Curitiba. A
defesa de Jorge Luiz Zelada não foi localizada pela reportagem.