A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que o sistema patrimonialista de poder deixa uma “herança nefasta” ao eliminar as fronteiras entre público e privado. “Chegou a hora de firmarmos um grande pacto nacional contra a corrupção. É preciso arrancar os últimos traços dessa herança e jogar no lixo da história”, disse Dilma, que afirmou que irá convidar “todas as forças vivas da sociedade e as esferas de governo” para uma reforma política com viés voltado para o combate à corrupção. Dilma foi diplomada pelo Tribunal Superior Eleitoral como presidente reeleita e centrou seu discurso no escândalo de corrupção que afeta a Petrobras.
“Alguns funcionários da Petrobras foram atingidos no processo de combate à corrupção. Estamos enfrentando essa situação com destemor”, disse Dilma, que definiu a estatal como estratégica. “Temos que saber apurar e saber punir sem enfraquecer a Petrobras”, sinalizando para a manutenção da política de partilha do pré-sal e de compras de conteúdo local. “Temos que continuar acreditando na mais brasileira das empresas”, que, de acordo com a presidente, tem sido “e vai continuar sendo um ícone da eficiência”.