terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Presidente da Fiesp diz que próxima batalha é acompanhar votação de MP que reduz o preço da conta de luz


A luta pela “Energia a Preço Justo”, nome da campanha da Federação e do  Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), ainda não terminou.
De acordo com Paulo Skaf, presidente das entidades, o próximo passo é acompanhar no mês de dezembro a votação da Medida Provisória 579, iniciativa anunciada em setembro pelo governo federal que estabelece regras para a renovação das concessões e, ao mesmo tempo, reduz as tarifas de energia elétrica a partir de janeiro de 2013.  São mais de 400 propostas de emendas.
Paulo Skaf na abertura do evento. Foto: Helcio Nagamine

“Nós analisamos todas elas e chegamos à conclusão que só 18 são positivas porque pedem transparência no processo. Vamos ter uma grande batalha até dezembro e, desta vez, a favor do governo, que atendeu a expectativa de redução do preço de energia”, afirmou Skaf ao participar da abertura do seminário A indústria frente à necessidade de conhecer seu mercado, realizado pelo Departamento de Competitividade (Decomtec) da Fiesp.
“Agora estamos ao lado do governo [para defender a MP 579]. Mas aqui não temos lado. O nosso lado é o interesse das pessoas”, concluiu Skaf.
Depois de defender o alongamento do prazo para recolhimento de impostos, Skaf acrescentou que, ao buscar a redução do preço da energia, do gás, o desenvolvimento da infraestrutura do país, entre outras iniciativas, o esforço da entidade tem a finalidade de aumentar a competitividade brasileira.
“Estamos preocupados no sentido de as coisas no Brasil serem mais ágeis. O grande objetivo de todo o trabalho é a ponta, ou seja, o consumidor”, afirmou.
Câmbio e juros ideais
O presidente da Fiesp e do Ciesp avaliou ainda que a redução contínua da taxa básica de juros Selic, atualmente em 7,25% ao ano, é “uma quebra de paradigmas”, mas a taxa poderia baixar ainda mais, enquanto o câmbio, apesar de estar a uma patamar melhor do que em anos anteriores, ainda não é ideal para recuperar a competitividade brasileira.
“Não há motivo nenhuma para [a Selic] ficar acima de 5% ou 5,5%. Ela pode ficar em torno da inflação, mas já se quebraram paradigmas”, afirmou Skaf acrescentando que “o câmbio em torno de R$2 é melhor que R$1,60 ou R$ 1,80 como estava há pouco tempo”, mas o ideal seria algo próximo a R$2,50.