Uma vacina contra o vício em cocaína deve estar pronta para ser usada em hospitais em até três anos, disse em entrevista ao G1 um dos principais pesquisadores do projeto para desenvolver o produto nos Estados Unidos, o professor de psiquiatria da Universidade Baylor de Medicina, Thomas Kosten.
O tratamento tem função terapêutica e não “previne” o vício, mas fortalece o sistema imunológico do dependente e ajuda a combater o uso da droga, segundo o médico. “Ela [a vacina] ajuda a produzir anticorpos específicos contra a cocaína”, ressalta.
O princípio da vacina é o de vincular uma quantidade bem pequena da droga a uma proteína inofensiva. A substância resultante da combinação, ao ser injetada no organismo do viciado, faz com que seu sistema imunológico produza anticorpos contra a cocaína e a proteína, ressalta Kosten.
“Estes anticorpos ‘seguram’ a cocaína no sangue e evitam que ela chegue ao cérebro, prevenindo efeitos da droga, como euforia”, afirmou o médico.
Os testes, até agora, indicaram que 40% dos vacinados tiveram redução no uso da cocaína. Após receber as aprovações necessárias do governo dos EUA, a vacina deve estar disponível também em farmácias, diz Kosten.
Contra o crack
A vacina também vai servir contra o vício em crack. O tratamento exige cinco rodadas de injeções ao longo de 12 semanas, para que sejam produzidos anticorpos em nível adequado. Após isso, é necessária uma nova aplicação a cada três meses, para fortalecer o sistema imunológico do dependente.
A vacina também vai servir contra o vício em crack. O tratamento exige cinco rodadas de injeções ao longo de 12 semanas, para que sejam produzidos anticorpos em nível adequado. Após isso, é necessária uma nova aplicação a cada três meses, para fortalecer o sistema imunológico do dependente.