quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Micarla e grupo podem ter “subtraído” mais de R$ 65 milhões


Reportagem do Tribuna do Norte de hoje traz uma ampla matéria sobre a denúncia feita pelo Ministério Público contra a prefeita Micarla de Sousa (PV), que levou ao seu afastamento do poder, por via judicial.
As informações que vêm à tona, da investigação desencadeada no início deste semestre, sob a denominação de “Operação Assepsia”, é de causar embrulho no estômago e revolta.
Em um dos trechos, a matéria relata que o MP aponta R$ 65 milhões como a soma da propina recebida por Micarla e seu então marido, Miguel Weber, referentes apenas à “terceirização da saúde”.
Diz um dos trechos da matéria:
“[Micarla de Sousa] sempre deteve o comando das negociações realizadas pelo grupo criminoso estruturado no âmbito do Poder Executivo Municipal”, relatou o MPE.
O procurador Manoel Onofre, que assina a denúncia, observa que a chefe do Executivo afastada requereu em diversos momentos, benesses do suposto esquema, o que o levou a concluir que Micarla de Sousa vinha administrando a cidade de maneira “irresponsável, a seu bel-prazer, fazendo com que a máquina pública trabalhe a seu favor e de alguns apaniguados, sem qualquer compromisso com o bem-estar da população”.
As provas mais contundentes foram colhidas de interceptações em e-mails e da busca e apreensão ocorrida na residência do ex-secretário do Planejamento, Antônio Luna. O suposto esquema, ainda segundo o MPE, tinha cofre específico – as propinas cobradas nos contratos de terceirização da saúde, as quais já teriam atingido a impressionante marca dos R$ 65 milhões.
Por meio dos grampos e interceptações, foi possível descortinar a conturbada vida financeira da prefeita afastada – em um diálogo de Luna e Assis Viana se discutia como viabilizar recursos para tirar do vermelho a conta da chefe do Executivo no Banco do Brasil, cujo saldo negativo já ultrapassava os R$ 37 mil.
“Ela disse que era preciso resolver até o meio-dia”, alertava Viana ao ex-titular da Sempla.
Na casa de Antônio Luna, foram encontrados boletos bancários, extratos de cartões de crédito, enfim, pelo menos duas planilhas mensais de gastos da então prefeita, de onde se concluiu a despesa mensal em torno de R$ 140 mil a R$ 190 mil, como antecipou a TRIBUNA DO NORTE.
Ao declarar o imposto de renda, no entanto, Micarla de Sousa apresentou uma renda anual de R$ 338 mil/ano, o que dá R$ 28 mil/mês.
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