terça-feira, 27 de novembro de 2012

Com salário de R$ 8 mil, ex-chefe de gabinete pedia subornos modestos


A ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Noronha, era modesta nas contrapartidas que pedia para realizar tráfico de influência em órgãos do governo federal. O seu salário líquido era de R$ 8.549,26.
No inquérito da PF (Polícia Federal) referente à operação Porto Seguro, foram levantados “auxílios e favores financeiros” que Rosemary recebeu. Dentre os mimos estão uma viagem de cruzeiro com os cantores Bruno e Marrone em 2010. Uma cabine dupla no navio custava R$ 2,5 mil na época.
Ela também conseguiu emprego para parentes, armários novos, a realização de cirurgias e os pagamentos das prestações de uma casa. Rosemary, que durante mais de dez anos foi secretária do ex-ministro José Dirceu, foi indiciada pela PF por suspeita de envolvimento com organização criminosa que atuava junto a órgãos do governo para obter pareceres técnicos fraudulentos.