A campanha municipal em Tibau (a 42 quilômetros de Mossoró) chega ao seu final marcada por muita tensão e ação eficaz da Justiça Eleitoral e do Ministério Público. Os ânimos estão exaltados.
Nessa quinta-feira (4), a juíza eleitoral Kátia Guedes e o promotor eleitoral Wilkson Vieira – acompanhados por equipe de fiscalização e policiais – constataram o uso suspeito de material para suposta divulgação do prefeito e candidato à reeleição, Rafael Freire (PMDB).
Houve apreensão de camisas e produtos à confecção de farto conteúdo desse vestuário na Associação dos Moradores da Vila dos Cajueiros.
Algumas mulheres foram ouvidas na apuração do episódio.
É possível que existam outros desdobramentos que podem prejudicar ainda mais a candidatura de Rafael, filho do ex-prefeito Sidrônio Freire (PMDB).
O ex-prefeito foi cassado no exercício do mandato e responde a processos – com condenações – por má gestão de recursos públicos.
Compra de votos
A propósito, Sidrônio é coordenador da campanha do filho, conhecido por saber como ninguém os becos, ruas, vielas e travessas para se “conseguir” ganhar uma eleição em Tibau.
Tibau é conhecida por campanhas e eleições em que a prática do toma-lá-dá-cá é algo comum. A compra de votos é assunto corriqueiro e comentado com a maior naturalidade entre seus habitantes.
O candidato Rafael Freire, na atual campanha, já teve punição em quatro denúncias formalizadas à juíza Kátia Guedes foi provocada.
O eleitor também deve ter cuidado. A punição em eventual comprovação de compra de votos pode produzir problemas sérios para o candidato, mas não livra quem recebe algum tipo de vantagem.
O que é mais vergonhoso nesse final de campanha, é o fato da Prefeitura do Tibau viver numa permanente crise com atraso no pagamento de salários de seus servidores, além de prestadores de serviços e produtos.