A primeira prestação de contas dos candidatos, ainda que parcial, veio imbuída de um detalhamento pouco aprofundado, o que fez com que representantes de entidades ligadas à defesa de transparência em órgãos públicos e nas eleições chamassem a atenção para a necessidade de uma fiscalização rigorosa por parte da Justiça Eleitoral. Sobretudo no que diz respeito à arrecadação de campanha, os seis concorrentes majoritários na capital se limitaram a informar que os recursos disponíveis foram doados ou pelo “Fundo Partidário” ou por “pessoas físicas”. Não há, no entanto, uma especificação mais ampla sobre esses propensos doadores.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RN), Paulo Eduardo Teixeira, destacou ontem que embora a declaração receita/despesa seja provisória (a definitiva somente se dará após a campanha) seria mais interessante para a sociedade elucidar de maneira pormenorizada a movimentação financeira desde agora.
“A posição da gente é que em se tratando de prestação de contas esta sempre deve ser a mais detalhada e isso o próprio TRE [Tribunal Regional Eleitoral] deve orientar”. Paulo Teixeira entende que por se tratar de uma declaração parcial informações menos abastecidas poderão ser toleradas. Mas para ele, o candidato somaria muito mais com a sociedade se externasse desde o início uma maior transparência na movimentação financeira de campanha.
(Fonte: Tribuna do Norte)