Desde o dia 1º. de janeiro a nova tabela do IR entra em vigor. Com reajuste de 4,5% esta tabela vale para todo o ano-calendário de 2012. O reajuste ficou abaixo da inflação, de 11,5%, e conta com quatro faixas tributáveis e uma isenta, o que ocorre desde 2009, em medida tomada pelo governo para desoneração dos salários e estímulo do consumo. Esta medida de reajuste anual da tabela do IR em 4,5% será aplicada até 2014.
Segundo Elaine Sodré, coordenadora do Departamento Contábil da Macro BPO, o contribuinte começa o ano pagando menos mas, no dissídio, que acompanha a inflação, ele muda de faixa e o benefício se dilui. “É benefício temporário”, afirma Elaine, “após o dissídio ele vai reter mais imposto”, conclui.
Pela nova tabela, a faixa de salário que fica isenta do IR passa de R$ 1.566,61 para R$ 1.637,11. A alíquota mais alta, de 27,5%, atingirá os salários superiores a R$ 4.087,65, contra os R$ 3.911,63 aplicados em 2011. A parcela a deduzir também sofreu reajuste, o que desafoga, por enquanto, o bolso do contribuinte. A alíquota mais alta de retenção, de 27,5%, que incide sobre salários acima de R$ 4.087,65, tem um desconto de R$ 756,53. No ano passado, a maior faixa estava em R$ 3.911,63 e a parcela a deduzir em R$ 723,95.
A correção da tabela, segundo estimativas da própria Receita Federal, vai representar uma renúncia fiscal de quase R$ 2,5 bilhões em 2012.
Para o IRPF 2012 (ano-calendário 2011), com declarações de ajuste anual, e que acontecem entre março e abril, o que vale é a tabela de 2011, prevendo isenção para os rendimentos abaixo de R$ 1.566,61 mensais. A Receita deve soltar as regras e orientações para as declarações de renda entre final de janeiro e começo de fevereiro.