Passado o período festivo do carnaval, o cenário político começa a se desenhar para as eleições deste ano em Natal. Para os partidos que fazem parte da oposição à prefeita Micarla de Sousa (PV) e à governadora Rosalba Ciarlini (DEM), simultaneamente, o mês de março será decisivo. É quando a ex-governadora Wilma de Faria (PSB) anunciará se será ou não candidata à prefeitura de Natal. A definição dará a tônica dos partidos oposicionistas para o pleito.
Além de Wilma, a oposição conta com outros dois pré-candidatos: o ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT) e o deputado estadual Fernando Mineiro (PT). Ambos dizem que suas candidaturas são irreversíveis. Caso Wilma decida não disputar a prefeitura, deverá declarar apoio a Carlos, fato que o tornaria o candidato oposicionista, agregando também os apoio dos demais partidos de oposição, como PCdoB, PPS, PSD e PHS.
Isolada, a candidatura de Mineiro, que até o momento não conseguiu atrair simpatia popular, sairia como coadjuvante no pleito. Já se Wilma optar por ser candidata, a oposição sai realmente rachada, com os partidos que não lançarão candidatos se dividindo entre os três nomes. Nesse cenário, as legendas, que se denominam base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT), aguardariam o segundo turno para firmar união.
O risco que a oposição corre de sair dividida é haver uma cisão do sistema no decorrer do processo eleitoral. Como Carlos Eduardo e Wilma se mostram nas pesquisas os dois pré-candidatos com maior capilaridade eleitoral, existe uma alta probabilidade de se enfrentarem no segundo turno das eleições. Esse enfrentamento obrigaria a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) a apoiar um dos nomes, o que enfraqueceria o grupo que hoje se opõe à democrata.
Do Blog do Robson Pires