MEC admite que calculou mal o número de acessos ao sistema de vagas em universidades
Roberto Maltchik, O Globo
Depois de uma série de erros na aplicação do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) 2010, uma nova confusão marcou ontem a abertura do processo de seleção dos candidatos a vagas em universidades federais.
No primeiro dia de funcionamento do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), alunos tiveram dificuldade para se credenciar a uma das 83.125 vagas oferecidas para quem fez o Enem e quer entrar nas federais sem precisar fazer o vestibular. No final do dia, o Ministério da Educação admitiu que subestimara o número de acessos ao sistema, que, por conta da sobrecarga, ficou lento.
O MEC informou que foi obrigado a ampliar a capacidade da rede para evitar o colapso das operações. O ministério montou o sistema com condições de suportar entre 350 e 400 inscrições por minuto.
No início da tarde, o Sisu chegou a registrar 600 — momento crítico, em que houve o maior congestionamento. De acordo com o MEC, o site do aluno chegou a ter 84 mil acessos simultâneos. Ao todo, houve 16,5 milhões de acessos às páginas do site, número considerado extremamente elevado pela pasta.
O prazo de inscrições termina amanhã, às 23h59m, mas o ministro da Educação, Fernando Haddad, deve anunciar hoje a prorrogação com o objetivo de impedir que 9.500 estudantes da Região Serrana do Rio — afetados pela enchente — sejam prejudicados.