Não faltou emoção no ato de despedida do presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) em Pernambuco. No Marco Zero do Recife, Lula chorou, agradeceu a parceria do governador Eduardo Campos (PSB) e avisou que não pretende desaparecer depois que deixar a Presidência.
"Deixo apenas a Presidência. Mas não pensem quevocês vão se livrar de mim. Estarei pelas ruas deste País, ajudando a resolver os problemas deste Brasil", discursou para delírio das milhares de pessoas que aguardaram pacientemente o evento com o presidente, iniciado com duas horas de atraso.
Mostrando a dificuldade que terá para se tornar ex-presidente, Lula brincou com a faixa da Ordem do Mérito dos Guararapes, maior comenda de Pernambuco, entregue por Eduardo Campos. "Vocês percebem que eu estou de faixa. Como eu vou entregar a minha faixa de presidente da República no próximo sábado, eu vou aproveitar e dormir com esta aqui para não esquecer", afirmou.
Lula fez um apanhado de todas as obras que executou no Nordeste, citando a Transposição do Rio São Francisco, a Ferrovia Transnordestina, a Refinaria Abreu e Lima e a reforma de parte da BR-101. Chegou a dizer, inclusive, que a rodovia está em melhor condições que estradas europeias. "Temos a BR-101 que tá asfaltada. Nem Angela Merkel (primeira ministra da Alemanha) anda numa estrada tão bem tratada".
O presidente fez uma série de agradecimentos ao povo que votou nele. Disse entender, inclusive, porque a população não o apoiou nas eleições de 1989, quando perdeu.
Mas os principais agradecimentos foram destinados ao governador Eduardo Campos. "Queria agradecer pela lealdade, pelo companheirismo e pela parceria (de Eduardo Campos)", disse. Lula agradeceu inclusive a eleição e a reeleição do governador. "A gente não acha diamante em qualquer lugar. Não acha gente boa em qualquer lugar. Não acha companheiro em qualquer lugar".
Em seu discurso, Lula lembrou o avô de Eduardo, o ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes de Alencar. Disse que o político "não era santo" e afirmou sentir não tê-lo por aqui. Arraes morreu em 2005, aos 88 anos.
Lula disse que, depois de eleito, temeu não ter condições de governar o País. "Perguntava à (primeira-dama) Marisa (no Planalto): será que é verdade que a gente está aqui? Descobri que tinha que provar a mim mesmo que eu tinha competência e que não poderia falhar", disse.
Bem humorado, o presidente falou em Deus e, brincando, disse que pode se tornar pastor quando deixar a Presidência, no próximo sábado (1º de janeiro de 2011). "Sou agradecido a Deus, em primeiro lugar. Se não fosse o dedo de Deus, não era normal que um retirante de Caetés (cidade natal do presidente, no Agreste de Pernambuco) que fugiu para não morrer de fome, se tornasse presidente do Brasil. Quem não acredita em Deus, pode acreditar que ele existe. Ele existe e toma conta de nós. Você não acha que eu poderia ser pastor, quando largar a Presiência?".
"Deixo apenas a Presidência. Mas não pensem quevocês vão se livrar de mim. Estarei pelas ruas deste País, ajudando a resolver os problemas deste Brasil", discursou para delírio das milhares de pessoas que aguardaram pacientemente o evento com o presidente, iniciado com duas horas de atraso.
Mostrando a dificuldade que terá para se tornar ex-presidente, Lula brincou com a faixa da Ordem do Mérito dos Guararapes, maior comenda de Pernambuco, entregue por Eduardo Campos. "Vocês percebem que eu estou de faixa. Como eu vou entregar a minha faixa de presidente da República no próximo sábado, eu vou aproveitar e dormir com esta aqui para não esquecer", afirmou.
Lula fez um apanhado de todas as obras que executou no Nordeste, citando a Transposição do Rio São Francisco, a Ferrovia Transnordestina, a Refinaria Abreu e Lima e a reforma de parte da BR-101. Chegou a dizer, inclusive, que a rodovia está em melhor condições que estradas europeias. "Temos a BR-101 que tá asfaltada. Nem Angela Merkel (primeira ministra da Alemanha) anda numa estrada tão bem tratada".
O presidente fez uma série de agradecimentos ao povo que votou nele. Disse entender, inclusive, porque a população não o apoiou nas eleições de 1989, quando perdeu.
Mas os principais agradecimentos foram destinados ao governador Eduardo Campos. "Queria agradecer pela lealdade, pelo companheirismo e pela parceria (de Eduardo Campos)", disse. Lula agradeceu inclusive a eleição e a reeleição do governador. "A gente não acha diamante em qualquer lugar. Não acha gente boa em qualquer lugar. Não acha companheiro em qualquer lugar".
Em seu discurso, Lula lembrou o avô de Eduardo, o ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes de Alencar. Disse que o político "não era santo" e afirmou sentir não tê-lo por aqui. Arraes morreu em 2005, aos 88 anos.
Lula disse que, depois de eleito, temeu não ter condições de governar o País. "Perguntava à (primeira-dama) Marisa (no Planalto): será que é verdade que a gente está aqui? Descobri que tinha que provar a mim mesmo que eu tinha competência e que não poderia falhar", disse.
Bem humorado, o presidente falou em Deus e, brincando, disse que pode se tornar pastor quando deixar a Presidência, no próximo sábado (1º de janeiro de 2011). "Sou agradecido a Deus, em primeiro lugar. Se não fosse o dedo de Deus, não era normal que um retirante de Caetés (cidade natal do presidente, no Agreste de Pernambuco) que fugiu para não morrer de fome, se tornasse presidente do Brasil. Quem não acredita em Deus, pode acreditar que ele existe. Ele existe e toma conta de nós. Você não acha que eu poderia ser pastor, quando largar a Presiência?".